DEÍFILO GURGEL natural de Areia Branca, nascido no dia 22 de outubro de 1926.. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Natal, exerceu as funções de diretor do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), de Natal; diretor de Promoções Culturais da Fundação José Augusto (FJA); professor de Folclore Brasileiro na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Poeta, jornalista, Deífilo Gurgel publicou várias obras relacionadas ao folclore, como "Danças Folclóricas do Rio Grande do Norte" (1995, 5ª ed.), "Manual do Boi Calemba" (1985), "João Redondo", "Teatro de Bonecos do Nordeste" (1986) e "Romanceiro de Alcaçuz" (1993).
Ainda têm trabalhos, inclusive alguns inéditos, como "Espaço e tempo do folclore potiguar", "Romanceiro potiguar", "No reino de Baltazar" e "O diabo a quatro".
Consta que Deífilo, poeta na adolescência, somente aos 40 anos "descobriu" o folclore, passando a dedicar-se integralmente ao assunto. Residindo em Natal desde 1944, em suas pesquisas ele tem se aprofundado nas raízes históricas do povo potiguar, o que resultou em descobertas inéditas, como as de 1985, quando coletou exemplos do romanceiro popular ainda não registrados por qualquer outro pesquisador brasileiro, merecendo menção o "Cavalo Moleque Fogoso", de Fabião das Queimadas.
DEÍFILO GURGEL MANTÉM TRAJETÓRIA LIGADA À FONTE DE INSPIRAÇÃO POPULAR
Entre os muitos depoimentos sinceros feitos por imortais da literatura norte-rio-grandense sobre Deífilo Gurgel, o do poeta Iaperi Araújo, membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, traduz de maneira fiel e sucinta a trajetória do incansável pesquisador: "Eis o mérito do professor Deífilo Gurgel: buscou as fontes primárias. Palmilhou os caminhos do Rio Grande do Norte de máquina fotográfica e gravador a tiracolo, ouvindo gente, batendo em portas e sentando-se nos terreiros das casas humildes para ouvir contarem os fragmentos desbotados da tradição popular".
Infelizmente, muitos potiguares não avaliam a importância do trabalho do folclorista Deífilo Gurgel. Nem a profundidade e a dimensão da sua poesia. E por ironia, ele não figura sequer entre os imortais da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. O que se configura uma grande injustiça para com um dos mais respeitados intelectuais do Estado.
O conjunto da obra de Deífilo Gurgel é quase infinito. Sua trajetória passa por inúmeras atividades culturais, livros publicados, pesquisas sobre o folclore, obras coletivas, participações em antologias, ganhou vários prêmios literários e menções honrosas, participou e ainda participa de encontros, seminários, festivais, palestras, entre outras atividades.
Alvo de constantes homenagens, Deífilo Gurgel coleciona títulos honrosos, conquistados graças ao reconhecimento do seu trabalho. Como a "Comenda do Mérito Centenário Câmara Cascudo", entregue na Capitania das Artes, em Natal, em 30 de dezembro de 1998.
Um grande areia-branquense com um alto teor intelectual que nos da grande orgulho ser o que somos. portanto se ele não é um imortal na academia Norte-rio-Grandense! É um imortal em nossas mentes e coração.
ResponderExcluirViva Deífilo Gurgel!